Imobiliário As mentiras do crédito habitação Lembrando o Dia das Mentiras, no dia 1 de Abril e para que ninguém se deixe enganar, a UCI - União de Créditos Imobiliários, revela os mitos mais comuns na hora de contratar um crédito habitação. 06 abr 2022 min de leitura Assim, indica alguns conselhos: 1. Não há nada mais importante do que o spread! – É comum pensar-se que o spread é o indicador de maior relevo na contratação de crédito habitação. Segundo o estudo Casa_PT, realizado pela UCI em parceria com o Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica Portuguesa, esta é a opinião de 42,6% dos inquiridos, que consideram o spread como um dos indicadores mais decisivos. Este indicador deve ser tido em conta, mas é apenas um dos custos do crédito habitação, sendo importante considerar outros que permitam ter uma noção mais global dos custos. Por isso, quando comparar propostas de empréstimo habitação com o mesmo montante, prazo e modalidade de reembolso, opte por olhar para estes dois factores: o MTIC (Montante Total Imputado ao Consumidor) e a TAEG (Taxa anual de encargos efetiva global), 2. Quanto maior for o prazo, melhor! – Quanto maior for o prazo do crédito habitação, menos se paga de prestação. Mas, fazendo as contas aos juros, um prazo maior acaba por ficar mais caro do que um prazo menor, porque o período em que se pagará juros será maior. Portanto, neste caso, maior não significa melhor, o ideal é tentar encontrar o prazo mais curto possível que lhe permita ter uma prestação que consiga pagar confortavelmente. 3. Tenho de ter conta no banco para contratar um crédito habitação! – Não é obrigatório mudar de banco ou abrir uma nova conta se optar por contratar o crédito habitação com um Banco que não seja o seu habitual. Há soluções no mercado que lhe permitem contratar o crédito habitação, cuja prestação será debitada na sua conta de sempre, sem ter de mudar débitos directos e domiciliações. Mas nem toda a gente sabe disso, por isso é que não é surpreendente que 85,2% dos inquiridos do estudo "Casa_PT" que compraram casa nos últimos três anos com recurso a financiamento digam que consultaram o seu Banco habitual no processo. 4. Contratar mais produtos bancários significa que vou poupar no futuro! – 52,9% dos inquiridos do estudo Casa_PT contrataram outros produtos bancários para melhorarem as condições de crédito habitação. Contudo, as reduções no spread que são obtidas com a contratação de novos produtos podem não significar necessariamente uma poupança, é preciso analisar que custos esses produtos têm associados, olhando para o MTIC e a TAEG com e sem produtos. De qualquer forma, mesmo que haja alguma poupança, não se esqueça que ao concordar contratar produtos adicionais para redução do spread está a assumir um compromisso extra, pelo que terá de manter esses mesmos produtos durante a vigência do contrato, caso contrário o spread contratado passará para o spread base. 5. Ter um crédito habitação é comprometer a minha qualidade de vida – O crédito habitação deve ser uma solução e não um problema, garantindo que quem o contrata mantém a sua qualidade de vida. Clientes e entidades devem ter em conta que a compra de casa deve ser um momento feliz e que, no dia a dia, deve sobrar dinheiro para que o comprador possa melhorar, manter ou comprometer o menos possível a sua qualidade de vida. E se uma proposta coloca isso em causa, então se calhar não é a opção certa. É por isso importante fazer uma pré-análise da sua situação financeira para perceber com os seus rendimentos e despesas até onde pode ir sendo responsável. Mais vale comprar uma casa que pode pagar, do que uma casa de sonho que só lhe trará problemas. Fonte: Diário Imobiliário Imobiliário Partilhar artigo FacebookXPinterestWhatsAppCopiar link Link copiado